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“Meu Corpo Meu Amigo”

“Meu Corpo Meu Amigo”

Livro Infantil de prevenção ao abuso sexual

Este livro foi pensado e planejado na prevenção de abusos a crianças a partir de 4 anos, considerando a importância de reconhecer que os sentidos são uma forma de proteção do nosso corpo, os quais a ensinam a perceber os sinais de alerta diante de potenciais riscos, oferecendo oportunidades de diálogos entre a criança e o adulto. 
Recomendamos que seja impresso para que a criança possa interagir e expressar seus sentimentos, oportunizando assim um dialogo entre o adulto e a criança. 

REPRODUÇÃO E VENDA EXPRESSAMENTE PROIBIDAS!!

Viviane Vaz

Sou esposa do Evandro e mãe do Kaleb  Rafael, ocupo a cadeira 16 da Academia Feminina de Letras e Artes de MS, Missionária da Primeira Igreja Batista, Psicanalista e coordenadora do Projeto NOVA, lugar onde me realizo alcançando, atendendo e amando!

Intagram: @vivismvaz
Email: vivi.vaz@gmail.com
 

Débora Amaro

Sou Missionária cristã, acadêmica de Teologia e Pedagogia, escritora e Educadora Social no Projeto NOVA, lugar onde estou diariamente com várias crianças lindas, ligadas no 220 e cheias de vida! Este é meu segundo livro.

Instagram: @deboraamaro 
Email: deboraame16@gmail.com
 

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Abuso Sexual na Infância – Olhar sob a perspectiva da Criança

Abuso Sexual na Infância – Olhar sob a perspectiva da Criança

“O enfrentamento do abuso sexual que tanto assombra a infância, almeja prevenir o máximo possível que as crianças continuem sendo alvo de pessoas desprovidas de humanidade.

Vamos considerar a linguagem da criança, olhar sob a perspectiva da criança, que usam de diversas formas para se comunicar com os adultos, fala através do seu comportamento, afinal quando nasceu ninguém nunca a ensinou que tinha que proteger o corpo de algumas coisas e que existem pessoas más, o mundo delas é totalmente puro!

Ela se depara com as violações mesmo sem saber que existe a palavra “violação de direitos” capaz de achar que tem a ver com violões. Então a criança mostra sinais através no seu comportamento. Sofre mudanças emocionais porque dentro de si, algo foi rompido e arrancado de dentro dela, a inocência linda que a infância tem.

O que fazer sem essa inocência?

Os primeiros pensamentos são: “o que será que eu fiz de errado”, “sou má”, ‘sou feia” a auto-estima se torna muito baixa e acredita que não merece nada, algumas se machucam porque o corpo causou tudo isso, logo esse corpo precisa ser castigado. Punido. Algumas perdem o sentido da vida, pensam “alguém podia me matar” seria uma boa solução mesmo sem ter a mínima noção do que seja morte. Sentimentos que antes ela nunca tinha experimentado vem rotineiramente: vergonha, tristeza, raiva, medo, nojo, frustração, desanimo.

As vezes ela faz xixi na cama, mesmo já tendo 9 anos, e a vergonha a domina, seus pais acham que ela virou bebe de novo, que está chamando atenção e acrescentam culpa. As vezes a vergonha é tanta que precisa se esconder das pessoas, esconder qualquer parte do seu corpo para que ninguém olhe mais para nada dela, já que não sabe ao certo  porque seu corpo tão frágil provocou aquela situação tão ruim.

Além de tudo isso, começa a ter sensações que nunca imaginava sentir, as vezes pode sentir dor e marcas nas suas partes íntimas, sensação de prazer que antes nunca havia experimentado chegam de maneira descontrolada. Algumas meninas acham que essa sensação e os comportamentos que chamam atenção para suas partes íntimas, deve ser a maneira que as pessoas vão amá-la e valorizá-la.

Anna Freud afirma que “no abuso sexual da criança, esta não pode evitar ficar sexualmente estimulada e essa experiência rompe desastrosamente a sequência normal da sua organização sexual. Ela é forçada a um desenvolvimento fálico ou genital prematuro, enquanto as necessidades desenvolvimentais legítimas e as correspondentes expressões mentais são ignoradas e deixadas de lado

Culpa ou acusação, jamais podem ser imputadas à criança. É normal que esta apresente uma conduta sexualizada, pois foi motivada prematuramente, o que não justifica a violência sexual. Entenda que não é necessário falar para a criança sobre suas hipóteses, ouça e acredite nela, identifique o estado emocional da criança. É o que mais ela precisa agora, ofereça acolhimento, se coloque no lugar da criança e não do abusador. Quem mais precisa de ajuda é a criança, não a polícia. Aproveite o momento tão doloroso para se aproximarem ainda mais. Se forem constados os fatos, você deve pedir ajuda especializada disponível nas redes públicas de proteção à criança e ao adolescente.

Antes que isso tudo aconteça, podemos evitar a aniquilação da infância, protegendo com amor! Se esforce em dialogar olhando nos olhos, se abaixe ao nível da criança quando quiser que ela te ouça com o coração. Fale na linguagem dela sem agredir seu desenvolvimento. Perceba então, a complexidade do tema em loco e a necessidade de um maior preparo dos profissionais que trabalham na rede de atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. Humanização e empatia nos atendimentos públicos, ensino para prevenção nas escolas, sensibilidade e conscientização em toda sociedade.

Você já foi criança um dia, já brincou muito, e pensou que o mundo era colorido e sempre seria divertido, você também já foi adolescente e deve se lembrar  quantos conflitos passamos nessa fase até descobrir quem somos, lembre-se disso ao se encontrar com uma criança e um adolescente.

Lembramos que é dever da família, da sociedade e do estado JUNTOS garantirem os direitos da criança e do adolescente. Se comprometa com essa missão essencial para a vida, temos a semente de todos os sentimentos dentro de nós. A questão é qual você rega! O amor é a melhor forma de proteção.”

 

Viviane Vaz
Psicanalista, Missiologa, Escritora,
Coordenadora do Projeto NOVA
vivi.vaz@gmail.com

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INFÂNCIA: UM GRITO DE SOCORRO

Por Viviane Vaz

A cada 8 minutos uma criança é abusada sexualmente no Brasil, segundo a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH).  Define-se abuso pela existência de um sujeito em condições superiores (Pautado numa relação de confiança da Criança, confundindo a criança entre cuidado e violência) que comete um dano físico, psicológico ou sexual, contrariamente à vontade da vítima ou por consentimento obtido a partir da indução ou sedução enganosa. No Brasil é Considerado Crime de Estupro de vulnerável (Art. 217-A) – “Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos.” E ainda Crime de Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente (Art. 218-A.) – “Praticar, na presença de alguém menor de 14 anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem.” Estima-se que no Brasil 1 a cada 5 meninas já sofreu algum tipo de abuso sexual. É o 2º tipo de violência mais comum. É impressionante saber que 2% dos casos são denunciados, desses apenas 9% são condenados. Mais ainda, quando sabemos que em 80% das denúncias, os pais, tios e primos são os principais suspeitos. São nas relações próximas que os maus tratos adquirem sua maior gravidade e frequência. Vale destacar que a pedofilia (CID.F65.4) é um transtorno de personalidade caracterizado pelo desejo sexual por crianças pré-adolescentes. Para que uma pessoa seja considerada pedófila, é preciso que exista o diagnóstico de um psiquiatra. Muitos casos de abuso e exploração sexual são cometidos por pessoas que não são possuem esse transtorno. O que caracteriza o crime é o transtorno em si, mas a atitude de violar ou explorar sexualmente uma criança ou um adolescente. O abuso sexual na infância gera inúmeros traumas e seus desdobramentos. Os mais conhecidos são, culpa e vergonha, sensação de ser mau, sujo e pouco valor, perda da confiança em outras pessoas, além de doenças psicossomáticas, vícios, limitações inter pessoais e de conquistas profissionais, impotência sexual, doenças emocionais e patológicas, compulsões (sexuais, alimentares, etc.) e suicídio. Em alguns casos ocorrem prejuízos no desenvolvimento da sexualidade, além de grande insatisfação na atividade sexual, esta última vem carregada de um sentimento de nojo durante as relações, misturando perversões nos atos com aversão das práticas, numa dinâmica de repetições doentias. Não raro, ocorrem dificuldades de relacionamento com pessoas do mesmo sexo do abusador.

Lute conosco contra qualquer tipo de abuso!

Toda criança precisa de amor e carinho verdadeiros, sem malícia e imposição. A sociedade não pode se omitir diante destas tragédias e precisa ser local de proteção, oferecendo sigilo e proteção para a vítima. Fazer justiça com as próprias mãos, agir no calor da ira e tornar públicas tais atrocidades devem ser desconsideradas. A justiça legal pertence ao estado, e a omissão também pode incorrer em delito. Serviços disponíveis como o “disque 100” devem ser divulgados a fim de que quaisquer ocorrências possam ser denunciadas sigilosamente, deflagrando ações das redes de proteção as crianças pelos órgãos regionais.

Mais informações com a psicanalista Viviane Vaz, pelo e-mail vivi.vaz@gmail.com, ou acesse o site projetonova.com.

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PROSTITUIÇÃO: Procura-se local seguro!

PROSTITUIÇÃO: Procura-se local seguro!

Por Evandro e Viviane Vaz

Fotografia: Patricia Paula

Considero providencial e urgente falar de um assunto ignorado pelo senso comum, a prostituição. A atividade de comercializar o próprio corpo é um tabu histórico carregado de ojeriza e preconceito contra os que tais coisas praticam, e essa aversão, não raro bloqueia nossa capacidade de amar os que se perderam nas trevas de seus próprios atos. A maior causa da prostituição nos tempos em que vivemos é principalmente a necessidade de dinheiro. Mas existem inúmeras questões psicológicas envolvidas que impulsionam uma pessoa a vender seu próprio corpo, tais como perfil social, histórico familiar, baixa auto-estima, dependência química, patologias, obsessão e compulsão, dentre outras. Vale acrescentar que a atividade no Brasil é legalizada, uma tendência mundial, haja vista que em outros países além de legal, é reconhecida como profissão com vários direitos assegurados. Se verificarmos o fato de que a humanidade sempre considerou a mulher como ser inferior, e que a mídia também tem seu papel fundamental em ressaltar o corpo feminino como veículo de propaganda para a venda de produtos e entretenimento, e que uma maioria se prostitui como forma de sobrevivência, já é possível entender muitas coisas. Mesmo assim não se pode negar a existência de outros fatores recorrentes, tristes e determinantes, ocultos por trás do que as pessoas geralmente imaginam. O que leva uma criança de 8 anos a acreditar que um ato sexual vale um pedaço de pão? O que haveria na mente de uma menina que sempre foi obrigada a prestar favores sexuais ao próprio pai, e descobre que pelo menos pode ganhar um sorvete com isso? O que sente uma criança que é surrada porque contou sobre um abuso sofrido? Porque ela foi chamada de vadia quando contou que o tio mexeu com ela? Talvez você não saiba, mas o abuso sexual na infância é muito comum entre a prostituição tanto masculina como feminina. Conforme a freqüência e a gravidade da situação de abuso sofrida, a reinserção social é complexa e trabalhosa, e de igual maneira, constituir família, estudar ou ter uma carreira profissional. Os antídotos para os desdobramentos sociais recorrentes da prostituição são vários, dentre eles ações governamentais que possam melhorar a realidade social daqueles que querem deixar a atividade, bem como ações sociais de incentivo a escolaridade e oportunidades de crescimento intelectual e profissional. Também, uma sociedade que tenha atitudes de aceitação para com essas pessoas portadoras de tamanho desgaste físico e emocional. Locais que proporcionem ações terapêuticas, ambientes seguros para serem ouvidos e receberem oportunidades onde um remédio especial é administrado em doses homeopáticas, o amor, uma vez que somente este pode oferecer acolhimento e aceitação. A infância outrora amputada pode ser superada, através de ações que resgatem o lado puro das coisas simples, por exemplo: oferecendo pequenas comemorações, cartões, presentes, passeios, demonstrações de afeto, coisas que resgatem a alegria infantil que se perdeu. Pequenos detalhes como a pureza de um abraço, um ombro amigo oferecido sem interesses, a presença segura de homens decentes e piedosos, incentivo de novos sonhos e ensinos, proporcionam imenso valor para aqueles que tanto sofreram com o desprezo e querem encontrar refúgio e aceitação. A morte que tão próxima rondava suas vidas poderá se transformar lentamente em alegria pela vida.

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INFÂNCIA A VENDA – Exploração Sexual Infantil

INFÂNCIA A VENDA – Exploração Sexual Infantil

Por Evandro e Viviane Vaz

Fotografia: Patricia Paula

Entende-se por exploração sexual um indivíduo obter lucro com a atividade sexual de outro. Trata-se de um crime hediondo segundo o código penal brasileiro: lei nº 12.015. Vamos destacar algumas formas mais comuns. O crime de rufianismo popularmente conhecido como cafetinagem. Crianças são vendidas pelos responsáveis para suprir a extrema pobreza de suas famílias. Outro crime mais comum do que se imagina: o tráfico de pessoas para fins sexuais. Pessoas subtraídas de seu ambiente e seu corpo comercializados. Gente de alma violada e amputada do seu destino, sua identidade deformou-se. Outra forma de exploração é a pornografia infantil. A saber, a produção, utilização, exibição, comercialização de material (fotos, vídeos, desenhos) com cenas de sexo ou com conotação sexual das partes genitais de uma criança. Tem sido muito explorada, sobretudo em nossos dias, onde o acesso a rede mundial se dá rapidamente por dispositivos móveis e multifuncionais, onde internautas acessam e compartilham conteúdos. A grande pergunta é: o que a sociedade e o estado tem a haver com tudo isso? A tarefa da sociedade é denunciar e exigir ações para o cuidado desses feridos, demonstrando sensibilidade diante de suas terríveis histórias fazendo com que encontrem meios de se locomover em suas existências, com qualidade de vida e autonomia. É papel da sociedade e do estado combater essas formas de degradação humana, se manifestando, atuando como formadora de opinião e que não compactua com qualquer tipo de violação humana. O amor prático tem que ser nosso cotidiano durante a jornada de vida. Os sofrimentos decorrentes da exploração sexual, da violência e da rejeição, fazem os sobreviventes imaginarem um mundo sem nenhuma esperança! O estado precisa ser mais eficaz no cuidado e humanizando o atendimento com uma escuta especial que não revitimiza a pessoa violada, independente da origem ou natureza. Ser local seguro para todos, onde o ferido é aceito, ouvido, compreendido e encorajado a mudar, um ambiente de sigilo e cumplicidade. É imprescindível não expor a identidade nem rotular as vítimas dentro da própria comunidade.

Seja um agente de transformação não só da nossa sociedade, mas também de proporcionar que pelo menos uma vida que seja liberta da exploração! Denuncie através do número 100, ou pelo aplicativo “Proteja Brasil”

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Violência na Escola

Violência na Escola

Fotografo: Alex Cunha Ribeiro

Com toda a discussão envolvendo as questões de violência e indisciplina nas escolas públicas de Mato Grosso do Sul, vem a lembrança de meu trabalho de conclusão de curso sobre os adolescentes e a violência.  Encarar o assunto sempre traz a minha mente o desejo de estudar as dinâmicas e fenômenos. Um princípio que assimilei com minhas observações, é que a violência é um comportamento aprendido, com isto tenho obtido respostas a problemática.

Vide o fato de que a infância e adolescência são momentos únicos na vida de uma pessoa. Daí a necessidade de proteção, para a construção do self (ser) e toda sua relação com o mundo de maneira integral. Com o corpo e mente em desenvolvimento, cada detalhe vivido determinará seu futuro. Baseado nisso que até os 18 anos, não se tem tantas responsabilidades, já que essa mente está vulnerável a receber os principais ensinamentos para a vida toda. Dentro desse processo a escola e a família conjugam esse momento tão essencial, norteando esta pessoa juntamente com sua própria personalidade, dons e talentos únicos.  A dependência é uma característica da infância e adolescência, A medida que o desenvolvimento progride, a criança tem um ego relativamente integrado, e com a sensação de que o núcleo do si-próprio habita o seu corpo. Ela e o mundo são duas coisas separadas. A etapa seguinte é conseguir alcançar uma adaptação à realidade. Nesse processo é possível e preciso empodera-los no que diz respeito aos princípios, direitos e deveres, que o definirão enquanto ser humano.

Uma criança que assiste violência num aparelho eletrônico, que vivencia a violência dos pais, que sofre maus-tratos em casa, que aprende a política do “bateu levou”, obviamente irá reproduzir tais atitudes entendendo que essa é a função e a forma de SER do humano. Ao chegar na escola, essa violência é aguçada pois em comunidade que se aflora os problemas de relacionamento, e irá solucionar da maneira que este aprendeu.

Ao ouvir relatos de crianças que abusam de outra criança, vejo que essa criança que cometeu tal ato libidinoso foi vitima de algum abuso também já que isso não é nato ao ser humano, ela reproduz algo que vivenciou.

Qualquer tipo de violência seja física, psicológica, moral ou sexual, gera alguma forma de deficiência (cognitivo, comportamental ou social), ainda é possível incluir as crianças que nascem com algum tipo de desordem ou deficiência como resultado de agressões às mães durante a gravidez. Questões psicológicas e intrínsecas do self, em decorrência de um senso de raiva ou injustiça em relação a figuras percebidas como maléficas. Pessoas agressivas apresentam déficit na internalização de figuras boas, além de um déficit egóico, que se caracteriza por uma ausência da capacidade de reflexão do self e da capacidade de pensar, o que causa implicações diretas na regulação de emoções.

O Estatuto da Criança e Adolescente diz é dever da família, da sociedade e do estado proteger os direitos destes, entretanto é mais fácil abster-se esperando que o outro o faça, e ninguém toma a responsabilidade para si. Seja na Família, na sociedade ou no estado, em algum deste eu e você estamos inseridos, por tanto esse dever é nosso. Não só da escola ou da família, como sociedade podemos e devemos fazer algo para lutar pelos que não sabem que têm direitos, pelos que são reproduções de adultos doentes emocionalmente.

O professor no caso tem um papel essencial pois causa empatia de alguns e pode se tornar agente de proteção, quando percebe os sinais de um aluno com possível conflito interno e registra esse fato, podendo encaminhar para um acompanhamento adequado para a situação. Não cabendo a ele, o papel de realizar o julgamento da situação, muito menos a psicoterapia necessária, o ser agente de proteção serve como um sinalizador para o caminho da restauração.

Meu bom senso me diz. Saber que devo respeito à autonomia, dignidade e identidade do educando, e na prática procurar coerência com esse saber, me leva inapelavelmente à criação de algumas virtudes ou qualidade sem as quais aquele saber vira inautêntico, palavreando vazio e inoperante. De nada serve, a não ser para irritar o educando e desmoralizar o discurso hipócrita do educador, falar em democracia e liberdade mas impor ao educando a vontade arrogante do mestre.” Paulo Freire

A escola pode propiciar a construção da resolução conflitos gerando habilidades sociais, através de um dialogo humanitário, respeitando as diferenças, buscando soluções em comunidade, oferecendo informações preventivas, proporcionando responsabilidade diante dos prejuízos causados e ressaltando dignidade do educador como profissional idôneo.

É possível transformar o ciclo de violência num ciclo de amor!

 

Viviane Vaz
Psicanalista, Missiologa, Escritora,
Coordenadora do Projeto NOVA

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