Mês: maio 2015

Equipe de Psicologia

Equipe de Psicologia

Em parceria com a Universidade Católica Dom Bosco, e a partir deste ano nos tornamos um campo para que os estagiários de Psicologia possam desenvolver seu estágio curricular, temos agora 09 estagiários do 9º semestre de psicologia, supervisionado pela Dra. Miriam Exel. E para iniciar os atendimentos eles passaram por um treinamento onde puderam entender o perfil das famílias atendidas, questões a cerca das dificuldades emocionais, compulsões, recaídas e prevenção ao abuso infantil.

“O público em vulnerabilidade social é muito resiliente, embora cercado de situações de caos. O Projeto NOVA dá espaço e abertura para que vivenciem de modo novo suas histórias e fortaleçam aquilo que é bom, se desprendendo aos poucos dos traumas passados que eclodem no agora, mas dando espaço aos novos significados e sentidos que virão.” Carol Flores

As áreas de atendimento ficaram estabelecidas da seguinte forma:
– Triagem e psicodiagnóstico
– Atendimento Individual
– Orientação Profissional Individual
– Grupo Operativo de planejamento de vida
– ARTE TERAPIA em grupo
– Grupo terapêutico Infantil

“Tem sido um desafio, realizar psicoterapia em pacientes com tamanhas particularidades. Mas é enriquecedor e tem me levado a reflexão: o homem pode chegar até o mais profundo abismo, mas ainda encontra forças para se levantar. O importante é que o projeto se coloca como um propulsor, uma motivação para eles, talvez uma única porta de saída para a recuperação. ” – (Rivanei O. Moura)

 

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Metodologia de Trabalho

Metodologia de Trabalho

Publico Atendido:

  1. Desempregados ou com renda até 1 (um) salário mínimo e que dependem do trabalho como profissionais do sexo;
  2. Analfabetos ou com escolaridade até 5º ano o Ensino Fundamental;
  3. Famílias que sofreram ou sofrem abuso ou exploração sexual;
  4. Atendimento aos filhos (as) de mulheres que trabalham na prostituição e que vivem de forma vulnerável;

Em alguns casos incluem:

  • Portadoras de doenças psiquiátricas (depressão, ansiedade, etc);
  • Portadoras de DST;
  • Usuárias de substância psicoativas,
  • Ideação ou tentativa de suicídio,
  • Dificuldades de concentração,
  • Dificuldades de relacionamento social e profissional,
  • Baixa auto-estima;
  • Agressividade;
  • Sentimento de culpa, medo, ira e vergonha;
  • Egressas do sistema prisional.

Procedimentos adotados pelos profissionais do projeto:

  1. Entrevista, apresentação dos critérios do projeto e realização de cadastro de adesão;
  2. Realização de triagem pelo Assistente Social, com visita domiciliar;
  3. Realização de triagem por Psicólogo;
  4. Encaminhamentos necessários: médicos, dentistas; advogados, clínica de recuperação, CRAS, Conselho Tutelar, Delegacia especializada de crimes contra a mulher, abrigos e outras instituições em parceria.
  5. Visitas domiciliares bimestrais pela Assistente Social;
  6. Realização de avaliação a cada 6 meses, por meio de mapa de assistência;
  7. Acompanhamento durante 1 ano às usuárias que deixarem a profissão e/ou em tratamento.
  8. Participação das atividades propostas, com a necessidade de 70% de participação;
  9. Participação em reuniões e grupos terapêuticos;
  10. Passar pela triagem psicológica e social;
  11. Estar disposto a cumprir com as orientações;
  12. Permanência no projeto por 2 anos, com a possiblidade de prorrogar por mais 6 meses, conforme a situação apresentada e de acordo com a presença referente aos itens anteriores,  necessitando parecer do Psicólogo e Assistente Social.

Deveres do Beneficiado:

PERFIL SOCIAL:

  • Sujeitas ao subemprego para sobrevivência;
  • Oriundas de famílias desestruturadas;
  • Baixa escolaridade;
  • Sem formação profissional,
  • Situação de pobreza;
  • Dificuldade em administrar suas finanças;
  • Fenômeno da multigeracionalidade, onde existe a tendência da violência sofrida quando criança ser transmitida, através de comportamentos desta quando adulta, aos seus filhos.
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Eu me achava uma mulher feia, acabada, que só servia pra prostituição!

Eu me achava uma mulher feia, acabada, que só servia pra prostituição!

“Quando a gente tá no mundo lá fora você começa achar que não é ninguém, que você é só uma garota de programa e que você tem que fumar, rir, beber pra ser vista e durante o dia você se tranca pra sociedade não te ver, igual morcego. Foi difícil eu reconhecer que eu tinha um talento, capacidade de vencer, eu me achava uma mulher feia, acabada, que só servia pra prostituição. Daí eu conheci um projeto que trabalha com garota de programa e Deus mudou minha vida, comecei a perceber que eu era totalmente diferente de tudo aquilo que eu imaginava, eu tinha um nome. Sozinho ninguém consegue, tem que buscar apoio, ajuda, abraços. Eu morava numa fazenda, minha mãe morreu de câncer e quando eu tinha oito anos um dos meus irmãos mais velhos me abusou. Fugi de casa e fui parar num abrigo. Depois de um tempo fui pra prostituição, encontrei uma cafetina e lá me deram banho, roupa, comida, cuidaram de mim. As meninas e eu usávamos crack, bebida e quando acabava o efeito da droga você só via lágrima escorrendo. Tem menina lá que foi estuprada pelo pai, que fez vários abortos, que o pai matou a mãe. É cada história pior que a outra. Lá eu fiquei grávida e hoje tenho três filhos. Um foi sequestrado e hoje ele tem 21 anos. Todo dia eu sonho com ele, não sei se tá vivo, se mataram, onde ele tá. Eu tinha tudo pra ser ninguém na vida, mas eu lutei e confiei em Deus. Meu sonho é sempre ir mais além. Um dia eu quero falar pra todas essas prostitutas que elas são alguém sim, que são uma jóia rara. Mulher de programa precisa de ajuda, mas o que mais a gente precisa é de amor e carinho porque pedrada tem de monte aí fora. Hoje eu sou dona do meu próprio negócio, tenho onde morar. Eu quero desejar boa sorte pra todo mundo. Nunca desista do seu sonho, você não paga nada pra sonhar.”

 

Testemunho captado pelo Rafael Carrilho através do CG Invisível em 2014

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